Enquanto Os Sinos Plangem Poesia Brasileira - Da Redondilha Menor, Passas para As Trovas, Quadras, Glosas, Sonetos etc. , e Deságuas Nos Alexandrinos |
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General Editor:
| Dinelli, Daniel |
Author:
| Dinelli, Rosa Lia |
Series title: | Poesias Por Rosa Lia Ser. |
ISBN: | 978-1-7181-2731-9 |
Publication Date: | Aug 2018 |
Publisher: | Independently Published
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Book Format: | Paperback |
List Price: | USD $10.00 |
Book Description:
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Haja sonoridade. Canta o passaredo. O Amazonas rosna pela imensurável garganta líquida no cruzamento das raças abraçando o Rio Negro como simbologia aquática da nossa miscigenação. A onça pintada esturra. O uirapuru em seu domínio musical invade os cofres do coração da mauenense que fica no Recife com a chave do "MILNERS" e vai aos pouquinhos doando aos amigos e aficionados das letras, alguns trocados do cabedal...
More DescriptionHaja sonoridade. Canta o passaredo. O Amazonas rosna pela imensurável garganta líquida no cruzamento das raças abraçando o Rio Negro como simbologia aquática da nossa miscigenação. A onça pintada esturra. O uirapuru em seu domínio musical invade os cofres do coração da mauenense que fica no Recife com a chave do "MILNERS" e vai aos pouquinhos doando aos amigos e aficionados das letras, alguns trocados do cabedal poético recolhido na caixa-forte da sua alma.Rosinha, vieste da terra abençoada pelas mãos vegetais de Deus. As flores dos ipês misturam-se às orquídeas irmanadas nos galhos dos jacarandás e formam guirlandas odorantes, perpetuadas na retina das plagas de Maués. Mau és? Não. És o inverso dessa afirmativa. Tens um coração verde/ amarelo em proporções amazônicas: imenso, florido, canoro, transbordante.O planger dos sinos traz a musicalidade metálica da tua brilhatura. Não apenas do campanário das catedrais, mas especialmente, da capelinha do joão-de-barro no galho bifurcado da cajarana. O requebro da tua silhueta está na dança dos passarinhos quando escutam a cadência das tuas glosas.O ronco das cachoeiras impregnou-se na tua alma de menina verde, de olhar campestre e sorriso largo.A tua lavra literária cresce em qualidade e agiganta-se em inspiração. És uma eterna vestibulanda da literatura, não assumes a cátedra de boa mestra porque o teu espírito irrequieto obriga-te a ser uma eterna estudante, pesquisadora, juvenil, sedenta de conhecimentos e insaciável no saber.O domínio do processo poético te conduziu a um estádio graduado e abrangente. Entretanto, és "uma eterna aprendiz".No lampejo dos teus olhos há como quê uma lente fotográfica a transluzir sobre as palavras: matéria-prima de teu fazer poético e acepipe saboroso do teu paladar de poetisa vocacional.Chegaste ao Recife para melhorar a ambiência poética desta terra. Compartilhar contigo em TRESAFIO locupleta uma lacuna antiga de parceria para a minha produção poética. Dividir contigo e Paulo Camelo aquele banquete rítmico traz musicalidade à minha alma de poeta sertanejo.Os sinos plangem com o propósito de personalizar o próprio título deste livro: a musicalidade dos poemas tem cheiro de cobre e dolência de Ângelus. Os dobres desses sinos sonorizam os teus versos e é tanta a emoção vivida que o leitor, instintivamente, faz genuflexão e verga a alma para dizer amém.A polivalência de tua poética faz deste livro um instrumento valioso de pesquisa e um cenário de dulçor.Da redondilha menor, passas para as trovas, quadras, glosas, sonetos etc., e deságuas nos alexandrinos. Jogas nessa panela o tempero dos galopes e serves o banquete aquecido ao leitor faminto da boa poesia. A digestão é benéfica, a percepção é imediata e a vontade de dançar é inevitável: o poder do ritmo mexe com a sensibilidade.Lendo este livro tive a sensação de que há um alvoroço musical onde a poesia é cantora e o poema o palco da criatividade nesse Teatro Literário cujos refletores focalizam a beleza plástica da tua poesia.O retrocesso das pororocas deixa-te o húmus natural das águas amazonenses.A quase fragilidade da tua compleição física transforma-se, agiganta-se nas tuas mãos abençoadas de poetisa e escritora.A perspicácia da inspiração tem muito de azougue no âmago profundo de tua inteligência levando-te a imitar as aves que pegam no ar as abelhas distraídas. Pegas no vento os motes encantatórios para desenvolvê-los na cadência das glosas.Os dobres miraculosos de ENQUANTO OS SINOS PLANGEM, embalarão o teu espírito, encorajando-te a nos oferecer a continuidade dessa messe tão pródiga em poesia.