Depressão e a Terapia Cognitivo Comportamental

A convivência com os pacientes deprimidos me impulsionou a pensar em algumas estratégias de enfrentamento e a sugerir a quem estiver motivado a pensar em se organizar cognitivamente a aderir tal proposta. Não tenho pretensões em apontar o melhor caminho, absolutamente, e menos ditar certo ou errado, mas oferecer uma alternativa de enfrentamento. São apenas sugestões e quem sabe em algum momento poderão ser úteis.* Fazer alguma coisa, mesmo que a letargia queira tomar conta. Engajar-se...
More Description

A convivência com os pacientes deprimidos me impulsionou a pensar em algumas estratégias de enfrentamento e a sugerir a quem estiver motivado a pensar em se organizar cognitivamente a aderir tal proposta. Não tenho pretensões em apontar o melhor caminho, absolutamente, e menos ditar certo ou errado, mas oferecer uma alternativa de enfrentamento. São apenas sugestões e quem sabe em algum momento poderão ser úteis.* Fazer alguma coisa, mesmo que a letargia queira tomar conta. Engajar-se em uma atividade se distrair dos próprios problemas.* Motivar-se com algo que possa trazer uma satisfação pessoal, mesmo que sejam coisas simples como ler um livro. Isto pode melhorar o campo perceptivo oferecendo a oportunidade e a capacidade de pensar diferente.* Desenvolver exercícios cognitivos, como a parada de pensamento pessimista, fazer algo diferente para desviar a mente, lembrar de fatos alegres e interessantes por exemplo.* Aprender a detectar os pensamentos negativos e auto derrotistas e tomar uma atitude positiva diante deles.* Confrontar os pensamentos, vencendo o medo de não dar certo.* Aprender a se programar mentalmente, principalmente para o que de pior possa acontecer.* Aprender a reestruturar a mente para que perceba todos os estímulos internos e externos, desencadeantes da depressão.* Se possível, anotar quais são os sentimentos, pensamentos, afetos, imaginação e os próprios comportamentos envolvidos na depressão para discutir com o seu terapeuta.* Tomar consciência das verbalizações irracionais, fruto de aprendizagens advindas da infância. Exemplo: "É muito difícil", "Não vou conseguir", "Não saberei me comportar de forma natural", "Não quero tentar", "Sinto me cansado e velho" etc.* Questionar as reações somáticas, fruto de ansiedade condicionada.* Questionar os valores pessoais e interpessoais e os fatos envolvidos no processo.* Rever os planos pessoais e as metas de curto e longo prazo nos campos intelectuais, familiares, sociais e profissionais.* Se possível, rever mentalmente quais foram os estímulos desencadeantes da primeira crise depressiva.* Observar os julgamentos desenvolvidos frente aos ambientes de estímulos (lugares), às pessoas e aos objetos envolvidos no passado e no presente.* Aprender a dominar a emoção, dando menos importância ao medo, à tristeza, à ansiedade e à raiva.* Aprender a relaxar fisicamente e sentir sensações prazerosas depois de uma missão cumprida.* Evitar ir para o quarto e se deitar. Engajar-se em uma atividade que lhe proporcione prazer como por exemplo, uma alimentação prazerosa, ouvir uma bela canção etc.* Reexaminar sempre os pensamentos e as ações. Faça um balanço de como foi o seu dia e se possível planejar o próximo em passos pequenos e simples, porém prazeroso.* Procurar ficar perto de pessoas que possam lhe oferecer vontade de viver. Pessoas otimistas geralmente são mais alegres e contagiantes.O objetivo maior é oferecer ao paciente a oportunidade de reavaliar suas crenças frente a aprendizagens defeituosas. Essas crenças lançam a pessoa a sofrer porque a ação se baseia em como ela interpreta a realidade externa (meio ambiente) e a processa em a sua condição psicológica.